A morte de um ente querido, para muitos, é frustrante. Mas é evidentemente inevitável. Prometi a mim que, se eu perdesse alguém amado, estaria pronto. Preparado para perder qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar, diante de qualquer situação. E eu estou. Provei a mim mesmo hoje. Mas isso não significa que eu não ame, pelo contrário, assim eu posso amar muito mais, sem medo de sofrer ao perder a pessoa amada.
Todos, a primeiro momento, choraram. Fui para longe assim não reparariam que nenhuma lágrima sequer saira de meus olhos pela notícia. Aproveitei a oportunidade para jogar, mas logo me interromperam. Diziam que não era hora para aquilo. Agora, porque alguém morreu, eu tenho que parar toda a minha vida e viver o tédio da situação.
Isto, na verdade, não faz sentido. Todos os meus parentes são cristãos e a morte, para eles, é ir para perto de deus. Este acontecido deveria ser comemorado em um bar, com petiscos, bebidas e defunto.
Passaram-se dois dias, o clima estava melhor. Podia, finalmente, fazer minhas coisas sem interrupções. E desde aquele dia fiquei pensando: "Se estas pausas de vida acontecessem em todo o mundo, para cada pessoa que morresse, todos morreriam. Quem alimentaria o mundo?".
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